Apesar do aumento causar revolta na população, atual istração afirma que a adequação tarifária privilegia os munícipes que economizam e usuários da menor faixa de consumo (até 10 mil litros)
A notícia do início do ano de que a conta de água ficará mais cara neste ano não agradou a população guairense. A prefeitura reajustou o valor em 12,20% as tarifas de água, com base no Decreto Municipal 4723/2013, que prevê reajuste pelo IPCA-E com aumento real de até 5% e o esgoto para 50% do valor do consumo de água.
Para tentar amenizar a revolta da população, a atual istração enviou nota à imprensa afirmando que apenas seguiu o índice inflacionário e que, “mesmo com os novos valores de água e esgoto, cada mil litros de água, equivalente à capacidade de duas caixas d’águas de 500 litros, medida padrão instalada na maioria das casas, saí pelo valor de R$ 2,11. Valor, inferior ao preço de uma garrafinha de 500 ml de água mineral. Nesta tarifa já está embutida a coleta, afastamento e tratamento do esgoto”.
Para o DEAGUA, o reajuste na tabela é necessário para suprir os custos operacionais, altamente sobrecarregados pelo aumento acima da inflação dos seus principais insumos, material químico e eletricidade. “Os produtos utilizados no tratamento subiram, só em 2015, 28,22% e a energia elétrica no mesmo período foi reajustada em 43,63%”, destaca a nota.
Segundo a prefeitura, a autarquia ainda fará novos investimentos e irá contratar mais funcionários para suprir seu déficit de pessoal, que apenas deverá ser feita quando houver a operação e manutenção da nova Estação de Tratamento de Esgoto. “Devido a defasagem de décadas nas tarifas, o DEAGUA teve pouco poder de investimento na manutenção e ampliação da estrutura de tratamento, armazenamento e distribuição de água. O mesmo pode ser dito do esgoto, cujo sistema está sendo adequado com recursos do governo federal (Funasa). Mais do que a obra de ampliação e regularização do tratamento de esgoto a autarquia necessita de muitas obras para manter o abastecimento do município com qualidade, com o mínimo de perdas, dentro das normas ambientais e projetando crescimento futuro da cidade”, justifica a prefeitura.
De acordo com a atual istração, as obras necessárias e planejadas (com altos valores) são:
– Troca dos coletores, coletores tronco, interceptores e emissário de esgoto doméstico da bacia do Matadouro (Eldorado até a Lagoa do Matadouro) = R$ 2.000.000,00
– Construção de reservatórios semi-enterrados no Tonico Garcia 1 (1.000 m³) e no Jardim Elisa 2 (1.000 m³) = R$ 2.800.000,00
– Reforma do reservatório de água de argamassa na ETA (que está condenado por infiltrações e trincas) – capacidade 750 m³ = R$ 1.000.000,00
– Recuperação do poço da avenida 5 e melhorias na elevatória de água tratada do reservatório central (Caixa D’água) = R$ 250.000,00
-Substituição da rede de cimento amianto (2ª Fase) – 8.106 metros = R$ 6.700.000,00
– Ampliação da rede de água (Reforço para abastecimento da cidade na margem direita do ribeirão do Jardim) = R$ 1.200.000,00
– Recuperação ambiental e urbanização da Lagoa do Fogão = R$ 1.600.000,00
– Reforma e ampliação do sistema de tratamento de esgoto do bairro do Guaritá = R$ 1.400.000,00
– Troca das instalações elétricas, equipamentos, painéis e conjuntos moto-bomba na Estação de Tratamento de Água (Eficiência Energética – EE) = R$ 1.200.000,00
– Setorização do Sistema de Tratamento de Água – Plano de Eliminação de Perdas = R$ 2.500.000,00
“São investimentos que manterão a qualidade no fornecimento de água e tratamento de esgoto oferecidos para a população que devem ser realizados em médio prazo e somam o montante de R$ 20.650.000,00. Além disso o DEAGUA tem que construir ao menos um interceptor de esgoto com estação elevatória em 2016, obra que está orçada em mais ou menos R$ 700.000,00”, ressalta a nota enviada pela prefeitura.