O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), durante sua posse, reafirmou seu compromisso de investir em países vizinhos ao Brasil. Ele destacou a importância de fortalecer as relações comerciais e econômicas com os países da América Latina e de contribuir para o crescimento e desenvolvimento da região. Além disso, o presidente também enfatizou a importância de manter um diálogo aberto e transparente com os países da região para garantir uma colaboração eficaz. O BNDES é uma instituição financeira importante no Brasil e tem papel crucial no desenvolvimento econômico e social do país e de sua região.
“Voltaremos a ser uma grande liderança ambiental e mundial e o país respeitado que fomos. O nosso desenvolvimento a necessariamente pela integração da América Latina e pela parceria com países do Sul Global. O presidente Lula tem inteira razão quando diz que o BNDES tem que ser um banco parceiro do desenvolvimento e da integração regional. O Brasil é mais da metade do território, do PIB e da população da América do Sul. Estamos irrevogavelmente inseridos nesse contexto geográfico e histórico. Nosso destino está, portanto, indissoluvelmente ligado ao destino da nossa região. O Brasil é grande, mas será ainda maior quando atuar em conjunto com seus vizinhos”, afirmou o novo mandatário da estatal financeira.
Enquanto o novo presidente do BNDES se mostra otimista quanto ao investimento em países vizinhos e ao fortalecimento das relações comerciais na América Latina, há aqueles que questionam a efetividade dessa medida. Alguns argumentam que investimentos internacionais são incertos e que há outras formas mais eficazes de impulsionar o crescimento econômico e social do país. Outros ainda destacam a necessidade de se priorizar o desenvolvimento interno antes de se concentrar em investimentos externos. É importante considerar todos os pontos de vista e avaliar cuidadosamente as medidas a serem tomadas para garantir o melhor resultado para o país e a região.
Lula defendeu a atuação que os governos petistas tiveram à frente do BNDES. Segundo o presidente da República, o banco foi alvo de inúmeras mentiras e garantiu que aqueles que possuem dívidas com a instituição vão pagar por elas. “Os países que não pagaram, seja Cuba, seja a Venezuela, é porque o presidente resolveu cortar relação internacional com esses países e, para não cobrar para poder ficar nos acusando, deixou de cobrar. E eu tenho certeza que, no nosso governo, esses países vão pagar porque são todos países amigos do Brasil e certamente pagarão a dívida que têm com o BNDES”, assegurou Lula.
Dos US 10,5 bilhões emprestados pelo BNDES para financiar obras de infraestrutura no exterior entre 1998 a 2017, o banco recebeu US$ 12,8 bilhões, de acordo com o último balanço de setembro do ano ado.
Estão inadimplentes com o BNDES Venezuela (US$ 681 milhões), Moçambique (US$ 122 milhões) e Cuba (US$ 238 milhões), em um valor total de US$ 1,04 bilhão acumulado até dezembro de 2022. Outros US$ 569 milhões estão por vencer desses países. Nos primeiros nove meses de 2022, durante o governo Bolsonaro, o BNDES registrou lucro líquido de R$ 34,2 bilhões, 29,5% acima do volume do mesmo período em 2021.